DOENÇA DA “URINA PRETA” DEIXA JOVEM DE GOIÂNIA NA UTI

DOENÇA DA “URINA PRETA” DEIXA JOVEM DE GOIÂNIA NA UTI

Edson Fonseca
Há 3 anos
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12/07/2021 as 18:08

Após comer um peixe num restaurante de comida japonesa na  cidade de Goianésia-GO,  uma jovem de 27 anos, esta internada na UTI, após desenvolver a doença  Haff, mais conhecida como Urina Preta.

Kelly Silva,  jantou sashimi de Tilápia,  e salmão, no dia 23 de junho, e segundo a família, pouco depois começou a passar mal, apresentando gastrointestinais. A Jovem teve um pioria no dia 24,  com endurecimento dos músculos e forte dores no corpo.

“Nem a cabeça ela conseguia levantar, era uma fraqueza muito grande. Ela começou com sensação de desmaio e foi perdendo muita força. Ela foi carregada para o hospital porque não conseguiu ir com as próprias pernas”, lamentou a mãe. Kelly Silva , permanece internada em um hospital em Goiânia.

A administração municipal enviou um ofício à rede de saúde da cidade, tanto pública quanto privada, com alerta para o atendimento de pacientes com sintomas da doença. Se alguma unidade atender moradores com suspeita da síndrome deve avisar à SMS imediatamente.

“Temos este caso até o momento, apenas. A doença se relaciona com a ingestão de peixes contaminados. As evidências trazem que é causada por uma toxina, portanto, afeta apenas quem ingere. Não há risco de transmissão de pessoa para pessoa”, relatou a secretaria.

O que é Síndrome de Haff?

De acordo com a SMS, a doença da “urina preta”, a Síndrome de Haff, é uma infecção bacteriana relacionada à ingestão de peixe cru ou cozido. A bactéria é transmitida por meio do consumo de uma toxina que fica na carne.

A doença é caracterizada pela destruição das proteínas musculares, provocando sintomas como a perda da força física, dor muscular, desmaios, febre e urina escura.

A forma como o animal é contaminado pela toxina que provoca a doença, no entanto, não é consenso entre especialistas. Alguns infectologistas dizem que a toxina é gerada pelo mau acondicionamento do pescado, mas outros afirmam que ela vem de algas consumidas pelo animal.

A infectologista Mariana Tassara explicou que a toxina pode ser desenvolvida em peixes crus ou cozidos, já que ela é termoestável, ou seja, não é eliminada em altas temperaturas. Porém, é uma situação rara.

 

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