CRESCE NUMERO DE ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NO TOCANTINS.

CRESCE NUMERO DE ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NO TOCANTINS.

Soliney Naiva
Há 10 anos
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Aumento no número de registros não configura necessariamente aumento real de casos de violência.Foto: Maradona/Secom

Aumento no número de registros não configura necessariamente aumento real de casos de violência.Foto: Maradona/Secom

Com a implantação da ficha de notificação compulsória para atendimento de vítimas de violência, cresceram em 111% os registros nos serviços de saúde do Tocantins nos últimos dois anos. As notificações mostram que a violência física ainda é a principal forma de agressão relatada pelas vítimas durante os atendimentos. No entanto, as agressões psicológicas e sexuais também estão entre as causas de violências registradas.

Somente no ano de 2014, os serviços de Atenção Primária e Hospitalar registraram 4.194 casos de violência em todo o Estado. Deste total, 1.704 casos foram registrados tendo como causa a violência física. Outros 770 casos foram notificados como violência psicológica ou moral e 646 casos como violência sexual.

Estes números revelam ainda um cenário importante. Entre todos os casos registrados no ano passado, foram notificados 1.889 casos de violência tendo a mulher como vítima, o que representa 72,1% das notificações do período.

A responsável pela Área Técnica de Violência e Acidentes, Simone Gondim, explica que o aumento no número de registros não configura necessariamente aumento real de casos de violência. “Na verdade, os registros cresceram em função do incentivo ao acolhimento e à escuta durante o atendimento a vítimas de violência que procuram serviços de saúde”, detalha. No entanto, a técnica explica que ainda há subnotificação de casos, isto é, ainda há serviços que deixam de realizar notificações.

Notificações

Além do registro da natureza da violência, que inclui violências física, moral, sexual, autoprovocada, tortura, econômica, negligência ou abandono, entre outras, as notificações incluem ainda a especificação da violência de acordo com a orientação sexual das vítimas. “A proposta do detalhamento sobre a natureza da violência é obter informações mais completas para elaboração de políticas públicas de prevenção à violência, assistência às vítimas e de promoção de saúde e da cultura de paz”, acrescenta.

Savis

Para o atendimento a mulheres vítimas de violência, o Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR) disponibiliza o Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (Savis). O Savis conta com uma equipe multiprofissional formada por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e farmacêuticos que prestam atendimento à mulher que tenha sido violentada e não teve acesso ao serviço de atenção no período indicado e tem o direito de realizar o aborto previsto em lei.

Confira os números registrados nos últimos três anos:

Apresentação1

 

(SINAN-NET, TOCANTINS, SESAU

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