A Rede Cegonha do Hospital Regional de Gurupi (HRG) iniciou o trabalho de visita guiada de gestantes na maternidade da unidade com objetivo de familiarizar as grávidas com o ambiente hospitalar em que ela terá o bebê.
A enfermeira da Rede Cegonha, keylliane Neia, afirmou que já foi comprovado que a partir do momento em que a mulher conhece a unidade onde terá o seu bebê, minimiza o medo e a ansiedade, facilitando a assistência à gestante na hora do parto. “É importante a familiarização com o ambiente, pois torna a mãe mais participativa no futuro processo de trabalho de parto”, enfatizou.
Keylliane destaca que esse trabalho é uma das estratégias da Rede Cegonha para o parto humanizado. Ela afirma que há alguns meses a unidade iniciou este trabalho com as unidades básicas de saúde dos municípios vizinhos. A enfermeira explica que as grávidas que tiverem interesse em conhecer a unidade hospitalar e tirar dúvidas da hora do parto devem procurar um posto de saúde para que seja agendada sua visita guiada.
Jéssica Alves de Souza, que está na primeira gravidez, vai ter o bebê no próximo mês, disse que acha muito importante essa visita à unidade para saber por onde vai passar para ter mais confiança e isso garantirá um parto mais confortável e tranqüilo.
A maternidade do HRG é referência para partos, atendendo cidades circunvizinhas e em muitos casos mulheres que têm plano de saúde também optam pela realização do parto na unidade. O trabalho humanizado de parto na maternidade garante às gestantes palestras sobre aleitamento, os cuidados da equipe do banco de leite humano, orientação para o banho no ofurô (que é uma técnica de relaxamento) dentre outros benefícios.
Visita guiada
Na última semana a Rede Cegonha recebeu o Grupo de Apoio ao Parto Humanizado (Gaph) para uma visita guiada. O Gaph foi recepcionado pela diretora administrativa do HRG, Cristiane Soares, que destacou que a diretoria está empenhada em melhorar a assistência às gestantes para o momento mais importante da vida de uma mulher, que é o nascimento de um filho. “Sintam-se abraçadas pelos obstetras e demais profissionais dessa unidade”, enfatizou.
O Gaph entregou à diretora um documento com reivindicações para técnicas de parto humanizado. Cristiane adiantou que todos os protocolos da unidade estão sendo revisados e que as profissionais da Rede Cegonha devem elaborar as propostas a serem incluídas nos novos protocolos.
As visitas foram feitas em grupo de cinco pessoas. Enquanto cinco visitavam as dependências do hospital, as demais ficaram na sala de reunião tirando dúvidas e contando suas experiências.
Mariana Paiva, está na primeira gravidez, e durante a conversa com o grupo destacou que no início da sua gestação chegou a pensar em marcar uma cesariana por medo de não conseguir um parto normal, mas que ao buscar informação e participar do Gaph, decidiu que vai realizar o parto normal. “Existem muitos mitos, inclusive, aquele que a mulher não tem condição de fazer o parto normal e, se insistir, vai matar o bebê, mas é preciso ter consciência de que nós fomos feitas para isso e que temos todas as condições de termos nossos filhos em parto normal, é óbvio que há situações que é necessária uma cesárea”, enfatizou.
As grávidas passaram por todas as alas da maternidade e foram até a sala de parto, onde ouviram orientações da enfermeira, Janete Carvalho, que destacou que a obstetrícia está se adaptando paulatinamente para garantir as mulheres um parto humanizado. (Heliana Oliveira/ Núcleo Saúde)