Algumas semanas de investigações foram suficientes para que a equipe da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), sob o comando do delegado adjunto, Vinicius Mendes de Oliveira, esclarecesse as circunstâncias do desaparecimento do jovem Saúllo Neres Rezende, 24 anos, desaparecido em 20 de julho deste ano e encontrado quatro dias depois. O resultado das investigações foi divulgado na manhã desta quinta-feira, 10, pela Deic.
De acordo com as investigações, Saúllo Neres desejava viajar para Goiânia/GO e encontrar uma antiga namorada, entretanto não teria dinheiro suficiente. Em razão disso, ele teria procurado o amigo de infância, Adailson da Silva Oliveira, vulgo “Rosinha”, 24 anos e um conhecido, Lucas Fernandes Oliveira, 22 anos, sendo que o primeiro seria o responsável por levar Saúlo a um imóvel abandonado na saída para Taquaruçu e fornecer-lhe comida enquanto durasse o “falso sequestro”, bem como acompanhar os passos da família e preveni-los de possível ação policial.
Lucas Fernandes, por ser pessoa estranha ao convívio familiar de Saúllo, seria o responsável por cobrar o valor do resgate de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e ameaçar a família. Apurou-se ainda, durante as investigações que as lesões apresentadas por Saulo quando o mesmo foi encontrado, no dia 24 de julho, teriam sido provocadas por ele próprio e por Adailson da Silva, para reforçar a ideia de sequestro.
Devido à ação da polícia civil, por intermédio da Deic, o resgate não foi pago e os três jovens responderão criminalmente pela prática do crime de extorsão, sendo que, agora, a vítima do ilícito passa a ser o pai de Saúllo.
Lucas Fernandes encontra-se recolhido na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) à disposição do Poder Judiciário. Já Adailson e Saúllo foram indiciados e reposnderão pelo crime de extorsão.