Fonte: Edson Fonseca/Redação AN
Dr° Durval Prado Filho Foto: Rubiane dos Santos.
Raiva é uma infecção viral mortal que afeta os mamíferos e é transmitida principalmente por animais infectados, pela saliva que entra no corpo através de uma mordida ou pela pele rachada. O vírus viaja da ferida até o cérebro, onde causa inchaço ou inflamação, seguindo dali para as glândulas salivares de onde se multiplica e propaga. Por ocorrer em animais e também afetar o ser humano, é considerada uma zoonose.
A raiva nas áreas urbanas tem como principal agente o cão, seguido pelo gato; e nas áreas rurais, se dá principalmente por lobos, raposas, coiotes e nos morcegos hematófagos. No passado, casos em seres humanos geralmente resultavam da mordida de um cachorro, mas recentemente, a maioria dos casos de raiva em seres humanos tem sido ligada principalmente a morcegos hematófagos (se alimentam de sangue), que ao infectarem outros animais expõem os humanos, que tem contato com os mesmos, ao risco de também adquirir a doença. Esse é o animal que tem ameaçado os rebanhos da região e a população de Aliança.
O Site de Notícias Aliança News esteve essa semana no escritório da Adapec – Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins em Aliança, conversando com o Inspetor da Defesa Agropecuária, Dr° Durval Prado Filho, que também atua como gerente responsável pela unidade de Crixás -TO. Na oportunidade , Dr° Durval repassou a real situação da raiva na região, situação esta que se repete em todo o Estado.
O inspetor confirmou que após suspeitas de animais com essa doença, foram coletadas amostras de material que depois de analisadas, constataram até o presente momento um resultado positivo para raiva, sendo que outras três amostras ainda estão em análise.
O proprietário da fazenda onde houve a constatação de raiva foi orientado a vacinar todo rebanho, assim como todos os proprietários em um raio de até 12 km do local, que também foram notificados para vacinar seus animais: “É importante vacinar todo rebanho, bovino, equino, cães, porcos; e as pessoas que tiveram contato com a doença tem que se dirigir ao posto médico para tomar a vacina.” afirmou Durval Prado.
Durval ainda revela que é preciso ter um acompanhamento minucioso para com os animais: “Nós pegamos o animal acometido e acompanhamos pra ver como procede a viremia. Os animais atacados sacrificamos e mandamos o material para teste na Anagro no Pará, mas só de olhar, pela nossa experiência, percebemos se o animal está acometido ou não de raiva”, revelou o inspetor.
Na foto morcego hematófago transmissor do vírus da raiva. Foto: Durval Prado
O inspetor nos informa ainda, que está realizando um trabalho em conjunto com a equipe da saúde: “ Esse vírus é muito perigoso, as pessoas que atendo que tiveram contato com animais infectados pelo vírus, já comunico a equipe de saúde para que tomem a vacina o mais rápido possível, se caso elas tiverem algum corte ou algo similar, a pessoa tem que tomar o soro imediatamente para poder evitar essa doença, pois ela não tem cura”, revelou Dr° Durval Prado que também tem formação na área de vigilância sanitária.
Especialistas orientam que, se um animal morder qualquer pessoa, deve-se obter o máximo de informações sobre ele. Entre em contato com as autoridades de controle de animais para que sejam capturados ou observados de forma segura.
Os sintomas da raiva podem incluir: babar em excesso; convulsões; sensibilidade exagerada no local da mordida; excitabilidade; febre baixa (38,8 graus C ou menos); espasmos musculares; entorpecimento e formigamento; dor no local da mordida; dificuldade de engolir, entre outros.
Vá ao pronto socorro ou ligue para a emergência se um animal morder você ou se tiver contato com algum animal raivoso.
A hipótese da carne de animais raiovosos de Aliança estar sendo comercializada em açougues está descartada até então. Todos os casos relatados estão sendo analisados com muito cuidado pela Adapec de Aliança.
Proprietários rurais e seus trabalhadores, bem como toda população podem obter maiores informações na sede da ADAPEC de Aliança, que fica na Av. Bernardo Sayão, Centro, ou entrar em contato pelos telefones: (63) 3377-13 94 ou (63) 92 91-77 99.
Veja abaixo as fotos de alguns dos animais infectados.
Foto: Durval Prado.
. Foto: Durval Prado.
Foto: Durval Prado.
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Essa notícia é de interesse da comunidade, principalmente da comunidade rural, vou tentar pautar esse assunto no programa de rádio e contribuir também,