O aumento no salário dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários de Gurupi, no sul do Tocantins, tem causado polêmica na cidade. O projeto de lei que concedeu o reajuste foi sugerido pelo executivo e votado em sessão extraordinária em dezembro de 2015. O texto foi aprovado por unanimidade.

Com a aprovação do projeto de lei, o salário do prefeito passou de R$ 14 mil para R$ 15.929, o da vice-prefeita e dos vereadores de R$ 7 mil para R$ 7.965. Os reajustes correspondem a um percentual de 13,79%.

Mas o pacote de aumentos não para por aí. O vencimento dos 13 secretários da cidade subiu mais ainda, cerca de 28,57%, passando de R$ 7 mil para R$ 9 mil.

Nas ruas, a população se revoltou com o aumento. “É um absurdo, porque há um descaso com a população”, disse uma mulher.

“Na campanha, eles falam que vai beneficiar o povo, ajudar o povo, mas na verdade não é o que vemos”, falou outra moradora.

“O nosso [salário] é igual o salarinho de Chico Anísio, toda vida aquela coisinha”, comentou Osmar Rodrigues.

Legalidade
O presidente da Câmara de Vereadores disse que o aumento é legal e não ultrapassa o limite constitucional. “Nós fizemos estudo, nós estamos dentro do limite e por isso que nós votamos essas recomposições salariais”, disse Wendel Gomides (PDT).

Apesar do momento de crise econômica, o procurador do município, Thiago Benfica, defendeu o reajuste. “Não se trata de um aumento de subsídios, o que ocorreu foi uma recomposição inflacionária do período de 2013 e 2014.”

“O impacto é muito pequeno, considerando que a quantidade de secretários é pouca, prefeito e vice-prefeito são só dois cargos. Então, o valor é praticamente irrisório diante do tamanho do município de Gurupi”, finalizou.

Fonte: G1 Tocantins.