A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse nesta quarta-feira (25), que não está nos planos do governo reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre o óleo diesel e a gasolina, para atender reivindicações dos caminhoneiros.
Apesar disso, ela informou que o governo considera justas as reivindicações dos caminhoneiros, que, ao longo da semana, têm obstruído diversas rodovias federais, em protesto contra os preços dos combustíveis.
“São reivindicações justas e o governo está empenhado em atendê-los, seja por meio da [aprovação sem vetos] legislação dos caminhoneiros ou pela prorrogação dos financiamentos de caminhões com juros a 2,5% ao ano”, explicou.
Sobre a possibilidade de reduzir a Cide, Kátia Abreu afirmou que o governo está “bastante convicto da importância de mantê-la e de não flexibilizá-la por questões fiscais”. Conforme a ministra, “o que é bom para o Brasil tem de ser bom para todos”. “Manteremos diálogo”, completou.
A ministra demonstrou confiança na apresentação, até o fim do dia, de uma proposta do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, para solução do problema.
Por meio de nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) manifestou preocupação com os efeitos do protesto dos caminhoneiros.
A entidade alerta que a duração e o alcance do movimento “já provocam graves perturbações nas cadeias produtivas do agronegócio”. Ressalta que, na ausência de uma rápida solução para o conflito, “teremos danos irreparáveis à economia da produção, com reflexos severos na vida da população brasileira”. (Agência Brasil)
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