Um dos principais trechos de escoamento da produção do Tocantins, a ponte localizada em Porto Nacional, a 66 km de Palmas, continua com problemas estruturais. Desde 2011 foi proibida a circulação de veículos com mais de 30 toneladas por causa dos perigos apresentados pela ponte naugurada em 1970. Por causa do problema, em fevereiro desse ano, o governo do Tocantins anunciou licitação para construção de uma nova estrutura de 1.448 metros de extensão, mas até agora as obras não foram iniciadas.
A estrutura frágil da ponte preocupa os motoristas. As rachaduras estão por toda a parte. Além disso, as vigas de sustentação estão com fissuras, o acostamento está cheio de buracos, as barras de ferro estão corroídas e o local é mal iluminado porque alguns postes estão sem lâmpadas. “Ela balança quando a gente passa por cima, está muito ruim deste jeito”, reclamou um motorista.
Segundo o vereador Helmar Junior, de Porto Nacional, em janeiro desse ano, uma ação foi proposta na justiça com base nos apontamentos de um novo laudo. “Esse laudo informou os riscos de desabamento da ponte. Nós já fizemos vários requerimentos para o Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas, mas nenhuma providência foi tomada”.
A ponte liga o tráfego da TO-050, pelo trevo da TO-025 com a TO-070 até a BR-153. Para chegar à capital, veículos que ultrapassam o limite de peso imposto pelo decreto precisam ir até Paraíso do Tocantins, aumentando a distância em 100 km. A Agência de Máquinas e Transportes do Tocantins (Agetrans) informou que o processo licitatório para a construção da nova ponte em Porto Nacional está em andamento.
O órgão informou ainda que uma equipe de técnicos e engenheiros da agência estão monitorando e acompanhando sistematicamente a ponte. Já o Ministério Público Estadual disse que vai instaurar um procedimento para apurar a denúncia do vereador. A Defensoria Pública e o Tribunal de Contas do Tocantins não deram retorno até a publicação desta reportagem, às 19h30.
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