Um professor está sendo investigado pela polícia por suspeita de abuso sexual. A vítima é uma menina de apenas 10 anos. O caso aconteceu na Escola Municipal Dr. Pedro Ludovico Teixeira, em Figueirópolis, no sul do Tocantins. Foi a coordenadora da unidade de ensino Anália Maria Figueredo quem viu o professor em atitude suspeita e informou o caso à família da vítima e ao Conselho Tutelar do município.

“Quando eu olhei para o lado, eu vi a aluna sentada em cima da caixa de som, em uma posição bem próxima a ele [o professor]. Eu achei estranho e pedi para ela sair de cima da caixa. Conversei, dei uma bronca nela e pedi para ela sair. Conversei com o professor também, para ele ter cuidado e sair da sala. Depois voltei e fui conversar com a aluna sobre a caixa de som. Aí foi quando ela começou a chorar.”

A escola informou a família e acionou o Conselho Tutelar da cidade. “Fomos informados da violação de direitos, de abuso sexual e imediatamente já pegamos a família, a mãe e a criança e levamos até a delegacia. Lá foi feito o Boletim de Ocorrência e a requisição de exame de conjunção carnal”, informou a conselheira tutelar, Dilma Guimarães Nascimento.

Depois de tomar conhecimento do caso, a direção da escola protocolou um pedido de afastamento do professor junto a Secretaria Municipal de Educação. Um procedimento administrativo também foi instaurado para decidir se ele vai ser exonerado.

Enquanto as investigações acontecem, a família tenta entender e superar o que aconteceu. “Olha a família está arrasada, tanto a mãe quanto os tios, os avós, os pais dela. Está todo mundo arrasado, ninguém gostaria que isso viesse a acontecer. Eu espero que a Justiça venha a tirar ele de circulação, porque talvez isso venha a acontecer novamente. Essa pessoa não pode mais ficar circulando por aí, no meio de outras crianças. Porque ele é assim, uma pessoa muito cativante, uma pessoa muito meiga. Ele sabe cativar as crianças para que venham para o lado dele”, contou uma parente da criança que preferiu não se identificar.

A Secretaria de Segurança Pública informou que a mãe da criança registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia da cidade. O delegado que investiga o caso já ouviu o diretor e a coordenadora da escola.  Ele disse que o resultado do exame deu negativo para conjunção carnal. O professor ainda vai depor e pode responder por supostos atos. Se condenado, pode pegar de oito a 15 anos de prisão. A defesa do suspeito disse que ele está disponível para prestar informações à polícia.