Solenidade de assinatura do termo para implantação do Selo de Identificação Geográfica do Capim Dourado, reuniu diversos representantes no Teatro de Bolso do Memorial Coluna Preste. Foto: Adilvan Nogueira/Seduc

O Teatro de Bolso do Memorial Coluna Prestes recebeu na manhã da últma sexta-feira (24), representantes de instituições públicas e privadas e da sociedade civil organizada, para a solenidade de assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT) para implantação do Selo de Identificação Geográfica do Capim Dourado.

O Selo, que faz parte do projeto de doutorado da professora Luécia Pereira é uma ferramenta coletiva de Identificação Geográfica (IG), que contém as características históricas e intransferíveis do produto analisado. “Aqui no Brasil ainda estamos começando a sentir os efeitos da utilização das IG’s. Na Itália e na França, onde a identificação é mais utilizada, o mercado desses produtos movimenta 30 bilhões de euros por ano”, concluiu Luécia.

A vice-reitora da UFT, Isabel Auler, afirmou que participar desse processo de implantação do Selo, é mais uma forma da universidade cumprir seu papel de produção do conhecimento e de seu compromisso com a sociedade. “A pesquisa busca assessorar os artesãos do capim dourado a mensurar os impactos econômicos em sua cadeia produtiva, contribuindo para ampliar a capacidade de organização do setor e da comercialização dos produtos”, afirmou a vice-reitora.

A vice-governadora do Estado do Tocantins, Cláudia Lelis, esteve presente no evento e destacou a implantação da IG, para regularizar o artesanato na região do Jalapão e protege os próprios artesãos de uma concorrência desleal, tanto na comercialização, quanto na qualidade dos produtos comercializados.

A contribuição da deputada federal Dulce Miranda na implementação do Selo foi lembrada pelo secretário da Educação Adão Francisco, que também responde pela Pasta da Cultura. “Os esforços para que a Identificação Geográfica do Capim Dourado na região do Jalapão fosse concedida, começaram em 2009 com a então primeira dama do Tocantins Dulce Miranda”. O secretário ainda ressaltou que a população tocantinense precisa conhecer mais as riquezas históricas e paisagísticas do Tocantins, para que então novos arranjos produtivos locais possam surgir.

A IG foi concedida à Associação dos Artesãos em Capim Dourado da região do Jalapão (Areja) no ano de 2011. Segundo Ileany Débora, presidente da Associação, os artesãos aguardavam com muita expectativa a consolidação do
IG. “Hoje fiquei muito feliz. Não estávamos esperando tantas notícias boas em tão pouco tempo de governo, agora sim nosso artesanato será reconhecido no mundo todo, e com certeza será mais valorizado”, declarou.

O assessor cultural Cláudio Nogueira considerou a solenidade um ato de aproximação do governo com a população e também reconhecimento das instituições da importância dos artesãos e do artesanato local. “O Tocantins é o único Estado da região Norte do Brasil a possuir a litografia que é concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no intuito de garantir aos produtos e serviços uma identidade que os diferencia no mercado consumidor”, finaliza Cláudio Nogueira. (Fernanda Veloso)